sábado, 31 de março de 2012

Rio 2016™ apresenta Plano de Recrutamento para Pessoas com Deficiência.


Expectativa é de que, daqui a quatro anos, mais de 200 pessoas com deficiência estejam trabalhando para o Comitê Organizador.

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016™ promoveu, nesta quarta-feira, no auditório da sede na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, um encontro para apresentar o seu Plano de Recrutamento de Pessoas com Deficiência e identificar metas que balizarão o sucesso das ações realizadas.
O diretor de Recursos Humanos do Rio 2016™, Henrique Gonzalez, teve a oportunidade de tornar público o planejamento do Comitê Organizador para a área e ouvir demandas e sugestões de representantes do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), integrantes de organizações não-governamentais que desenvolvem atividades voltadas para pessoas com deficiência e representantes governamentais.
No encontro, foi definida a criação de um banco de dados de pessoas com deficiência que sejam potenciais candidatos a trabalhar no Rio 2016™ e o fortalecimento da colaboração com as instituições que, direta ou indiretamente, trabalham, auxiliam ou atendem pessoas com deficiência no Rio de Janeiro e no Brasil.

“As diferenças são bem-vindas, trazem inovação, multiplicam energia e levam consigo as resoluções de conflito. Temos, na nossa força de trabalho, cada vez mais, uma multiplicidade de perfis. As pessoas com deficiência não terão vagas específicas para elas. Ao contrário, queremos que concorram a todas as vagas disponíveis”, afirmou Gonzalez.
O Rio 2016™ cumpre atualmente a determinação da lei brasileira, de que empresas com 201 a 500 funcionários devem ter 3% de seu quadro funcional composto por pessoas com deficiência. A expectativa é de que, daqui a quatro anos, mais de 200 pessoas com deficiência estejam trabalhando para o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016™.
“Somos uma organização que vê a diversidade do quadro funcional como necessária para atingirmos o objetivo de organizar Jogos Olímpicos e Paralímpicos com excelência técnica e celebrações memoráveis, além de deixar um legado para o país. Buscamos recrutar pessoas com deficiência para além da cota definida pela lei e não acreditamos em criar vagas específicas para essas pessoas. Queremos que se candidatem para todas as posições de trabalho para as quais acreditem ter o perfil e iremos avaliá-los de acordo com o perfil desejado para a vaga”, acrescentou Carlos Arthur Nuzman, presidente do Rio 2016™.
Pessoas com deficiência no programa de voluntariado
Também é uma das metas do Rio 2016™ contar um número significativo de pessoas com deficiência entre os voluntários dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Dessa forma, o programa de recrutamento de funcionários servirá como base e inspiração para o programa de voluntariado.
Atualmente, o Rio 2016™ conta com consultorias especializadas e uma parceria com o CPB, que indicam pessoas com deficiência para participarem dos processos seletivos. Um dos objetivos do encontro desta quarta-feira foi o de estreitar a colaboração com ONGs e entidades governamentais, para que colaborem na atração de potenciais candidatos e abasteçam o banco de dados de pessoas com deficiência.
“Quando falamos em deficiências, muitos pensam em deficiências físicas leves e visíveis, como amputações. Estamos aqui discutindo todos os tipos de deficiências, desde a paraplegia até a visual, auditiva e intelectual. Em qualquer empresa, é necessária a preparação das pessoas que recebem esses candidatos e futuros funcionários, além da preocupação com a acessibilidade e a cultura da organização em relação a estes profissionais, para que a inclusão seja completa”, analisa Jean Loup Jospin, técnico da área de mercado de trabalho do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD).
“Acessibilidade para a pessoa com deficiência não é só a rampa. A acessibilidade se dá também na comunicação, com as sinalizações adequadas, por exemplo, ou com as adaptações para as deficiências auditivas e visuais nos vídeos institucionais. São questões importantes para o público interno e externo do Comitê. É muito positivo que haja essa troca de experiência do Rio 2016™ com as organizações que trabalham na área para que questões como essas sejam levantadas”, agrega Claudia Maia, coordenadora-técnica da Escola de Gente – Comunicação em Inclusão.
Para Sérgio Paulo Nascimento, coordenador-geral de acessibilidade da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, encontros como este gerarão resultados positivos não só para o Comitê Organizador e para o período até os Jogos. “É um passo meritório, uma abertura para tratar do assunto sem receios. A sociedade civil presente no encontro tem legitimidade para trazer algumas questões e sugerir. Estão todos em busca de um objetivo em comum e que é de longo prazo”.
Fonte: http://www.rio2016.com/rio

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